TU (vocês) à minha espera.

«Um relógio parado está certo duas vezes por dia, e para morrer basta estar vivo».

A coelha, os pássaros e as plantas, o carro a subir a rua. O mendigo, o cão e o homem do talho, o padeiro e o som (irritante) da buzina anunciando a sua chegada, a vizinha com a sua saia curta (faça sol ou chuva). 

O toxicodependente, a miúda com a mochila ás costas, o carteiro, a casa, o perfume, roupa para vestir, o trânsito… e o calor.

Atravessa na passadeira.

O baixinho, a mota, a pasta, o cheiro, a faculdade… “até logo”. O que vamos jantar … o sol, a música, o corpo (o teu corpo), as férias, os sonhos, as lágrimas… as francesinhas, sim as francesinhas! O sr. de Matosinhos, o blogue… a sopa de letras.

A cozinha, o almoço e a mochila pronta, o bilhete e o comboio. A cidade, o sol, o cheiro, o café, e os gelados…olá, tudo bem? Bom fim de semana… ok, para a semana fazemos o IRS?Quando quiseres.

O relógio (que até aí nunca tinha levado), o fio ao pescoço, as minhas pulseiras, a música, a minha viagem, mais um dia.

O balneário vazio, uma escada, uma porta e TU (vocês) à minha espera.