A viagem foi um pouco … má. Decididamente eu detesto andar
de avião, e desta vez a turbulência deixou-me com os (poucos ) cabelos em pé.
Cheguei inteiro é o que interessa, e ver-te à minha espera de braços abertos,
com aquele sorriso enorme foi mais que
suficiente para passar todo o medo (e os tremeliques). Um beijo fez o resto.
Eu sabia que ainda tínhamos que apanhar
uma ligação de avioneta (autocarro seriam mais 4 horas de viagem… nem
pensar), para a localidade onde vives, mas estava por tudo… e pronto para tudo.
Pelo caminho fui alertando que não tive oportunidade de meter na mala muita
coisa, muito menos algumas recordações gastronómicas da nossa terra… estás cá tu é o que interessa.
Os dias não são muito fáceis quando se está longe de casa, e as missões nem sempre correm como deviam
correr… é num misto de emoções que se vive, um dia de cada vez., mas é para
isso que estou/estamos cá. E fico grata
por estares aqui… no meu mundo.
A farda ficou de parte (mas confesso que te fica muito bem…
a farda) , por isso foi com aquelas calças de ganga e uma blusa que comprei em Portugal para te oferecer (claro que ainda me lembro
do teu número) que “apareceste” para jantar, jantar esse que foi da minha
inteira responsabilidade.
Tudo pronto… quando reparo que falta algo de muito
importante, o vinho….
- E agora? Um jantar destes sem vinho?
- Quem disse que não temos vinho? … Serve Rosé?
- Qualquer um…
- Rosé então.
- Ainda te lembras….
- Há coisas que não se esquecem….
- Olha, a luz foi abaixo.
- Por aqui acontece muitas vezes. Não te preocupes… ajuda-me acender estas
velas.
...
Hoje não quero ouvir o ruído do gerador.
Imagens Google